domingo, 28 de novembro de 2010

Confesso que vivi. O Nerruda está assim, na cabeceira da minha cama, contando um pouco das suas histórias por dia, tirando o meu sono, me ninando, me embalando, me desafiando. Confessando-me que viveu. E hoje cá estou eu. Entre o Nerruda e o Tchéckhov, tentando construir uma cena. Um decisão. Uma vida. Entre a Irina, e a mulher dos olhos verdes. A duas semanas de uma estreia, da estreia de um projeto que me encanta, me instiga, me move e me apaixona a cada ensaio, a cada segunda e quarta feira.
O sol lá fora e eu aqui, vivendo nas paredes do meu quarto. Deitando na cama, escrevendo no computador. Porque amanha é segunda e vida bate na porta. A vida não, a sobrevida. E eu tenho vivido na dúvida. Mas por mais bizarro que pareça tenho descobrido muitas coisas. Porque depois das responsabilidades, que dificultam a vida, eu descobri um sabor especial em cada vitória e conquista. Cada passo que eu acerto é meu, só meu. A alegria vem em dobro me arrastar e me virar de ponta cabeça.

Agora eu acenderia um cigarro, se por acaso eu fumasse.

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