quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Minha mãe tem duas irmãs de sangue. Mas ela tem uma terceira irmã. E aí me faltam as palavras. Para uma terceira irmã da minha mãe talvez eu tenha tido pouco contato. Mas eu me lembro de um pão de pizza que ela fazia para as nossas partidas de buraco. Foi assim que a minha prima aprendeu a jogar buraco. E a gente dava uns choques de vez em quando e ela dizia que era bom, que as nossas energias combinavam. E aí morava um grande carinho, talvez nem tanto anunciado. E ela que me levou para um grande sonho da minha adolescência: um reveillon na Paulista. E ela que me acalmou no pré-vestibular. Ela que me deu um olhinho que eu carrego até hoje do lado das máscaras do teatro.
Até que... As reticências tomaram conta. E eu por medo, por essa minha estranha mania de me afastar das coisas com as quais eu não sei lidar, me afastei. E quantas vezes sonhei com ela abrindo os olhos de novo. Sonhei com um abraço. E acreditei naquela história de que era melhor guardar a imagem das pessoas em seus melhores momentos.
Me desculpe.
Eu queria que você soubesse do imenso carinho que eu tenho. Admiração mesmo, pelas suas respostas, seu sorriso.

7 de novembro de 2012

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